Sou a chuva que cai e ninguém celebra
O Sol que nasce e se põe sem aplausos
Um detalhe despercebido, um grão de areia a mais na praia
Sou a terra seca
A árvore morta
O vazio.
Sou o vento que sopra e ninguém sente
A geada que surge e ninguém vê
Uma gota de orvalho, uma borboleta seca
Sou chão árido
Casebre abandonado
A inércia.
Sou o dia que passa e ninguém lembra
A flor que morre e ninguém lamenta
Uma brisa no furacão, uma pedrinha do lago
Sou ninho vazio
Pé de rosa sem flor
O invisível.
Sou o oásis ácido na seca do nordeste
Um sonho esquecido na manhã seguinte
Óculos para cego, música para surdo
Sou neve no Alaska
Fruta podre no pé
O deserto.
Andrio Robert Lecheta às 4:33 da manhã, 23/07/2014
Ao som de Paramore – Misguided Ghosts
Poético!
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Muito obrigado! 0/ Seja bem – vinda sempre! (:
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Very nice, a real poem, not the usual internet stupidity…(Sorry, I do not speak Portuguese and used Google Translate, but it read well.)
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Thank you! You’re welcome! And how good it could even understand the poem using the google translator. (I do not write in English, sorry!)
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